As últimas rodadas têm mostrado um Corinthians
com dificuldade na definição de jogadas. Após ser sensação do campeonato, o
time se viu obrigado a furar barreiras de 8 ou 9 jogadores atrás da linha da
bola e revelou uma grave deficiência: Os jogadores têm grande dificuldade de
penetrar na área adversária.
Durante sua fase invicta, a equipe de Tite
primava por ter um bloco de cinco jogadores do meio de campo marcando
agressivamente o adversário. Desta forma, o time conseguia roubava a bola no
campo de ataque e com poucos toques usando seus externos chegava até a meta
adversária. Foi assim no primeiro gol contra o Avaí e Botafogo.
Porém, com o impressionante desempenho do início,
as equipes passaram a oferecer a bola ao Corinthians. Nos confrontos contra o
América – MG foram trocados 373 passes, 371 contra o Avaí e 380 diante do
Cruzeiro. O dado é superior ao de todos os outros jogos pela competição, exceto
o clássico com o São Paulo. O número e os resultados demonstram dificuldade
para penetrar na defesa adversária.
Nos últimos jogos foi possível ver pouca
aproximação entre ataque e meio campo. Jorge Henrique tem necessidade de apoiar
Ramon, Paulinho e Ralf. Por suas características Danilo não consegue criar e
chegar com velocidade na área para apoiar o homem gol corintiano. Diante dessa
dificuldade, Paulinho se tornou a principal peça ofensiva da equipe. Hoje, o
volante é quem mais aparece em conclusões a gol entre os corintianos, média de
2,7 por jogo. Enquanto os meias rondam a área procurando jogada pelas laterais,
Paulinho é quem mais chega próximo a meia lua adversária, como no primeiro gol
contra o Coritiba e no segundo contra o Vasco.
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